30.8.09

Pra Maria Adriana

"Entre meios e porquês percebo-me com uma frustrante tendência à incompletude. Eu era tenista e competia, mas não chegava a vencer os torneios, chegava quase. Fiz parte de inúmeros times de esporte, mas nunca fui a melhor jogadora, nem a melhor corredora, nem a melhor aluna das matérias que me atraíam. Poderia ter sido em alguns momentos, mas algo em mim se desinteressava quando entendia que a glória era alcançável. Era como se o me saber capaz fosse suficiente. Como se tivesse que bastar porque era feio e pequeno desejar também os aplausos do mundo; um mundo cujos valores não deviam me seduzir porque sou filha de meu pai, porque sou filha de meu pai!"

- Maitê Proença (Uma Vida Inventada)

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